Os pais de uma estudante de 11 anos, que foi ofendida moralmente por um motorista da Viação Pendotiba, fizeram um abaixo assinado, na manhã de ontem, coletando os nomes de mães e filhos, que já sofreram o mesmo problema. A manifestação ocorreu em frente a Escola Municipal Felisberto de Carvalho, na Vila Progresso, onde a menina insultada estuda. Em poucos minutos, a lista já avolumava cerca de 30 nomes.
Os xingamentos, que começaram às 7h30min de anteontem, chocaram os passageiros do coletivo e ocorreu devido a um problema na leitura do cartão Riocard. “Fui levar a minha filha para a escola e o cartão do Riocard apresentou problema na leitura. Mesmo com uma declaração da escola, em mãos, informando que o cartão dela está ativo, o motorista impediu que ela entrasse pela frente no ônibus. Ainda disse: Não sou obrigado a abrir a porta pra criança com papel na mão. Não vou dar carona para vagabundos. Os passageiros ficaram horrorizados, uma senhora ficou sensibilizada e pagou a passagem da minha filha”, disse a dona de casa Luciene Ferreira de Almeida, 32 anos. Ela afirmou que esta situação está ocorrendo com muitas crianças e jovens da rede pública.
Depois de embarcar com a filha, os insultos do motorista continuaram. O que fez com que a mãe ao invés de descer no ponto em frente à escola, fosse com a criança para prestar queixa no 2º Conselho Tutelar, também no mesmo bairro. “Quando saltamos, ele nos xingou mais uma vez, perguntando: As vagabundinhas vão dar queixa, é”, relembrou Luciene. À tarde, ela e seu marido prestaram queixa de constrangimento, contra o motorista, na 79ª DP (Jurujuba).
O casal relatou que o Riocard está com problemas desde o início das aulas. Eles procuraram a Secretaria Municipal de Educação que confirmou a regularidade dos cartões. Ao questionarem o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), a entidade reconheceu o problema, mas cobrou uma taxa de R$ 50 para a regularização.
André Cordeiro, conselheiro do 2ªConselho Tutelar, encaminhará uma notificação, hoje pela manhã, à empresa Pendotiba e ao motorista. A viação terá que comparecer ao conselho para prestar esclarecimentos sobre o caso. “Foi intolerância e descaso social do motorista. Um desrespeito”, relatou Cordeiro. Em relação às ofensas proferidas pelos motoristas das viações de ônibus aos alunos da Rede Pública Municipal, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj informou que não há denúncias sobre o caso, mas conselha aos pais a encaminharem as reclamações ao órgão para que possam ser tomadas as devidas providências.
Vera Lúcia Bomfin e Princila Ribeiro também mães que tiveram os filhos maltratados pelos motoristas da Viação Pendotiba, foram unânimes ao afirmar que este não é um caso isolado.
A Secretaria e a Fundação Municipal de Educação de Niterói (SME/FME) informaram que desconhecem o problema, uma vez que os validadores do RioCard da escola em questão estão em pleno e perfeito funcionamento. Vale ressaltar que o dispositivo é recarregado de acordo com a frequência do aluno de modo que a evasão escolar seja coibida. A SME e a FME também entraram em contato com o Setrerj que comunicou sobre o desconhecimento da situação.
O superintendente do Setrerj, Márcio Barbosa, informou que não há nenhum registro no sistema sobre problemas na rede do Riocard escolar. De acordo com ele, o sindicato entrará em contato com a diretora responsável pela escola para saber se há algum problema.
O coordenador operacional da Viação Pendotiba, Peçanha de Carvalho, afirmou que já convocou o motorista para prestar esclarecimentos no Departamento de Recursos Humanos. Caso seja comprovado o caso, serão tomadas as devidas providências e, dependendo da gravidade, pode ocorrer a demissão. Em relação ao ofício da escola constatando que o cartão estava ruim, por lei, nenhum ofício dá direito a viajar gratuitamente no coletivo, somente o Riocard.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que todos os envolvidos estão sendo intimados para prestar depoimento. Segundo nota, agentes da delegacia estão em busca de testemunhas que tenham presenciado o fato para ajudar nas investigações.
Os xingamentos, que começaram às 7h30min de anteontem, chocaram os passageiros do coletivo e ocorreu devido a um problema na leitura do cartão Riocard. “Fui levar a minha filha para a escola e o cartão do Riocard apresentou problema na leitura. Mesmo com uma declaração da escola, em mãos, informando que o cartão dela está ativo, o motorista impediu que ela entrasse pela frente no ônibus. Ainda disse: Não sou obrigado a abrir a porta pra criança com papel na mão. Não vou dar carona para vagabundos. Os passageiros ficaram horrorizados, uma senhora ficou sensibilizada e pagou a passagem da minha filha”, disse a dona de casa Luciene Ferreira de Almeida, 32 anos. Ela afirmou que esta situação está ocorrendo com muitas crianças e jovens da rede pública.
Depois de embarcar com a filha, os insultos do motorista continuaram. O que fez com que a mãe ao invés de descer no ponto em frente à escola, fosse com a criança para prestar queixa no 2º Conselho Tutelar, também no mesmo bairro. “Quando saltamos, ele nos xingou mais uma vez, perguntando: As vagabundinhas vão dar queixa, é”, relembrou Luciene. À tarde, ela e seu marido prestaram queixa de constrangimento, contra o motorista, na 79ª DP (Jurujuba).
O casal relatou que o Riocard está com problemas desde o início das aulas. Eles procuraram a Secretaria Municipal de Educação que confirmou a regularidade dos cartões. Ao questionarem o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), a entidade reconheceu o problema, mas cobrou uma taxa de R$ 50 para a regularização.
André Cordeiro, conselheiro do 2ªConselho Tutelar, encaminhará uma notificação, hoje pela manhã, à empresa Pendotiba e ao motorista. A viação terá que comparecer ao conselho para prestar esclarecimentos sobre o caso. “Foi intolerância e descaso social do motorista. Um desrespeito”, relatou Cordeiro. Em relação às ofensas proferidas pelos motoristas das viações de ônibus aos alunos da Rede Pública Municipal, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj informou que não há denúncias sobre o caso, mas conselha aos pais a encaminharem as reclamações ao órgão para que possam ser tomadas as devidas providências.
Vera Lúcia Bomfin e Princila Ribeiro também mães que tiveram os filhos maltratados pelos motoristas da Viação Pendotiba, foram unânimes ao afirmar que este não é um caso isolado.
A Secretaria e a Fundação Municipal de Educação de Niterói (SME/FME) informaram que desconhecem o problema, uma vez que os validadores do RioCard da escola em questão estão em pleno e perfeito funcionamento. Vale ressaltar que o dispositivo é recarregado de acordo com a frequência do aluno de modo que a evasão escolar seja coibida. A SME e a FME também entraram em contato com o Setrerj que comunicou sobre o desconhecimento da situação.
O superintendente do Setrerj, Márcio Barbosa, informou que não há nenhum registro no sistema sobre problemas na rede do Riocard escolar. De acordo com ele, o sindicato entrará em contato com a diretora responsável pela escola para saber se há algum problema.
O coordenador operacional da Viação Pendotiba, Peçanha de Carvalho, afirmou que já convocou o motorista para prestar esclarecimentos no Departamento de Recursos Humanos. Caso seja comprovado o caso, serão tomadas as devidas providências e, dependendo da gravidade, pode ocorrer a demissão. Em relação ao ofício da escola constatando que o cartão estava ruim, por lei, nenhum ofício dá direito a viajar gratuitamente no coletivo, somente o Riocard.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que todos os envolvidos estão sendo intimados para prestar depoimento. Segundo nota, agentes da delegacia estão em busca de testemunhas que tenham presenciado o fato para ajudar nas investigações.
Publicado em: 21/03/2012
Texto: Paulo Roberto Saboya e Priscila Andrade
Foto: Bruno Eduardo Alves
Texto: Paulo Roberto Saboya e Priscila Andrade
Foto: Bruno Eduardo Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário